O banco central divulgou ontem, dia 4 de maio de 2022, a nova taxa básica de juros. Como era esperado, a taxa foi para 12,75% a.a, o maior patamar desde 2017. A repercussão desse aumento na taxa de juros no Brasil é muito impactante, principalmente no bolso das famílias brasileiras que precisam financiar a casa ou carro próprio.
Qualquer aumento na taxa de juros, por mais modesto que seja, impacta o preço dos financiamentos. Essa decisão do COPOM de subir ainda mais a taxa Selic é justificada, segundo economistas. Na última reunião, realizada em março, quando a taxa subiu para 12,75%, o Copom já havia avisado desse aumento que ocorreria em maio.
O que motivou a decisão
É a décima alta seguida na taxa básica de juros. Na reunião realizada ontem, o comitê de politica monetária do banco central, em uma decisão unânime e amplamente esperada pelo mercado financeiro, fez uma elevação de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, chegando, como já foi dito, a 12,75%.
Alem disso, o Banco Central em comunicado divulgado logo depois da reunião já alertou que deve promover uma nova alta em junho, porem essa nova alta deve ter magnitude menor, sendo de meio ponto percentual segundo expectativa do mercado, chegando a 13,25% e encerrando o ano nesse patamar.
Antes desses 10 aumentos consecutivos que aconteceram nesses últimos meses, a taxa estava no patamar mínimo de 2% ao ano. E por que ela aumentou tanto e de forma tão rápida?
Devido a inflação estar extremamente pressionada. Segundo Expectativa Focus, o mercado financeiro prevê um IPCA no fim de 2022 perto dos 8%, quase o dobro da meta.
A nova alta irá diminuir a inflação?
A inflação está surpreendendo expectativas do mercado, o que abre possibilidade para novas elevações da Selic.
O principal objetivo da alta na taxa básica de juros é conter a crescente descontrolada da inflação. O aumento dos preços tem sido muito grave e acima do cabível.
Os números da inflação mostram que encher o carrinho do mercado, encher o tanque de gasolina ou comprar qualquer bem de consumo não durável, está cada vez mais difícil.
Para ajustar o nível dos juros, isto é, aumentar ou diminuir, o sistema adotado é o de metas de inflação. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão de acordo com as metas, o Banco Central reduz a Selic.
É um grande dilema, pois com a inflação alta, a população perde seu poder de compra devido a alta dos preços de produtos essenciais como alimentos e transporte. Porém, com a alta dos juros, você vai paralisando a economia como um todo devido a falta de opção de crédito acessível no mercado. De forma que existe menos recurso disponibilizado a população.
Quais as consequências da alta na Selic?
Segundo o mercado financeiro, o aumento do juro básico da economia para conter a inflação, tem reflexos em diversos outros pontos da economia no País. Entre eles, estão:
Aumento no preço das taxas bancárias
Com um aumento na taxa básica de juros, consequentemente, haverá também uma elevação no valor dos juros bancários.
A Selic interfere nos juros de financiamento, ou seja, quando a Selic sobe, o governo está aumentando a remuneração paga a seus investidores. Isso faz com que os mesmos saiam da poupança dos bancos para investir nos papéis públicos.
Como o principal recurso do crédito é a poupança, o esperado é que quanto mais escasso esse recurso estiver, mais caro fique o crédito. Porém, quando a Selic cai está baixa, existe menos disposição das pessoas em emprestar ao governo. Com isso, há mais recursos disponíveis para empréstimo nos bancos, o que influência na queda dos juros do financiamento.
Em 2021, após alguns dos diversos aumentos na Selic, os principais Bancos do País já anunciaram que iriam elevar as taxas mínimas do financiamento sob a justificativa de se adequar as altas na taxa básica de juros.
Queda no investimento em produção
A alta dos juros tem influência negativa nos investimentos em consumo e produção. Isso porque se os juros estão altos, o setor produtivo, alem de ter um crédito de custo altamente elevado a sua disposição, irá preferir destinar seus gastos em investimentos voltados ao capital financeiro, e não ao capital produtivo.
O impacto disso na população é drástico, pois com isso, é comprometido grande parte das fontes de emprego e renda no Brasil, que é o setor produtivo, comprometendo novamente assim a inflação com a alta dos preços dos produtos.
Aumento da dívida pública
O aumento do juro causa uma despesa adicional com o juros da dívida pública. Com a elevação da Selic e da inflação ao mesmo tempo, os gastos com juros tendem a aumentar.
As despesas com juros impactam a dívida pública, indicador olhado por investidores internacionais para saber se é seguro ou não colocar seu dinheiro naquele país.
Crescimento das aplicações em renda fixa
A alta da Selic aumenta a remuneração das aplicações no mercado financeiro brasileiro, tornando o mercado mais atrativo para investidores externos. Além disso, diminuindo a inflação, você também torna o mercado de capitais mais atrativo.
Aplicações em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, por exemplo, passam a render mais.
Desestimulo no mercado imobiliário
Por um imóvel ser um bem de alto valor, o segmento imobiliário é muito sensível ao crédito. Assim, com um possível aumento nas taxas de crédito, menos pessoas estarão dispostas ou aptas a financiar, o que diminui a procura por crédito, e, consequentemente, esfria drasticamente o setor imobiliário no Brasil.
Uma queda na taxa de financiamento, o que ampliará as chances de adquirir um imóvel, irá aquecer a procura por imóveis!
Queda do dólar
Aumentar os juros também tem o poder de atrair investidores estrangeiros para o Brasil. Economias emergentes, coo a nossa, ficam mais interessantes conforme cresce o retorno do capital.
Investidores buscam sempre o maior lucro combinados à maior segurança. Assim, se um país tem juros mais altos, isso ajuda a trazer dinheiro estrangeiro para dentro do país e valorizam a moeda local.
A queda do dólar afeta diretamente o preço dos alimentos, ela desestimula a exportação e aumenta o estoque do país. Nos combustíveis, reduz o peso do valor do petróleo no mercado internacional, aumentando sua reserva. E assim por diante.
Vale a pena financiar casa ou carro com as altas do juros?
O que fazer nesse momento de alta da Selic? Vale a pena financiar agora a compra da casa própria ou de um carro, ou é melhor esperar a taxa básica cair?
Como já foi dito, a alta da Selic tem afetado diretamente as taxas mínimas do financiamento cobrada pelos grandes bancos do País.
A Selic mais alta deixa os recursos da poupança mais escassos, de forma que esse custo para os bancos é repassado ao consumidor final, isso porque a poupança é o principal recurso do qual as instituições financeiras utilizam para disponibilizar crédito. Com esse recurso diminuindo, o crédito fica cada vez mais caro.
Nós da Consorciocred acreditamos que em função dos juros mais altos e dos valores envolvidos, este não é o momento de fazer um financiamento de longo prazo, como o imobiliário e o de veículos, por exemplo. A taxa de juros vem subindo há algum tempo e, com isso, o risco de uma pessoa não conseguir pagar o financiamento é maior. O melhor a se fazer agora é buscar outras alternativas de crédito para fazer a aquisição de um bem de alto custo.
A recomendação de buscar outras alternativas vale principalmente para os financiamentos imobiliários, que são mais longos e envolvem valores maiores.
A aumento do custo do crédito na prática
Em conteúdo publicado por nós da ConsorcioCred em setembro do ano passado, no qual simulamos um financiamento imobiliário nas principais instituições financeiras do país, foi possível perceber que os bancos, movidos pelas constantes altas na taxa Selic, vem mostrando na prática o reflexo que os aumentos futuros da taxa Selic viriam a trazer nas taxas do financiamento imobiliário.
Naquela época, tínhamos uma Selic a 5,25%. Ao simularmos um financiamento imobiliário o valor de R$320.000 no prazo de 30 anos, no Banco Itaú, uma das principais instituições financeiras do país, conseguimos uma taxa mínima de 7,8% ao ano. O custo final total da operação, ou seja, a somatória das parcelas, ficaria em R$ 711.277,31.
Hoje, ao simularmos o mesmo valor com o mesmo prazo, mas a uma Selic de 12,75%, conseguimos uma taxa mínima de 9,70%a.a, o que é quase 2% a mais que a aproximadamente 6 meses atrás.
Os resultados mostram que uma pessoa que tenha financiado um imóvel em Setembro de 2021, com taxa de 7,8% ao ano, pagaria um total de R$ 711.287,31. Esta mesma operação, se fechada agora, com um juro médio de 9,5% ao ano, teria um custo de R$ 794.555,61.
Na prática, em 8 meses, a diferença de 7,5 pontos percentuais nos juros elevou o custo do crédito em cerca de R$ 80 mil no Banco Itaú.
Consórcio como solução
Consórcio é um produto de extrema ascensão. Essa forma de crédito para aquisição de bens de consumo foi criada no Brasil e vem crescendo devido a sua qualidade. É um produto de extrema confiança que pode te ajudar muito a conquistar seus sonhos e objetivos! Basta você entender o que é melhor para você dentro desse universo. Cada dia mais o financiamento se torna menos competitivo perante os valores do consórcio, e esse ano, devido ao aumento que vem sendo estipulado na taxa Selic, essa diferença deve se tornar ainda mais gritante e notável.
As parcelas de um consórcio podem ser definidas de acordo com o que cabe no seu bolso. Além disso, não há juros pesando sobre as parcelas, apenas as taxas administrativas. Se compararmos com uma das principais formas de adquirir crédito no Brasil, o financiamento, fica fácil visualizar o quanto consórcio é mais barato, basta calcular o valor total pago no final daquela operação.
Quando se trata de consórcios, pouca gente entende mais do que a ConsorcioCred que é atuante no mercado de consórcios a mais de 15 anos.
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